
Cumpridas as duas primeiras fases do protocolo do Guia Médico Para Retorno do Futebol da CBF, os treinos coletivos e jogos são passos naturais a seguir. Neste contexto, a principal preocupação das equipes é uma só: evitar aglomeração de atletas, que facilitaria a contaminação.
Segundo o médico carijó, José Roberto Maranhas, este é o principal ponto de atenção nas últimas fases para retorno dos jogos pelo País. Mas a experiência no futebol de Juiz de Fora desperta a atenção do especialista para o contexto vivido pelas equipes da cidade.
Pelo Guia, os cuidados com os atletas nessa fase são necessários em ambientes como os vestiários, cujo uso é aconselhável em grupos menores e com escalonamento, por exemplo. Além disso, outro potencial de aglomeração seriam os deslocamentos e viagens pelo país.
Para ajudar na detecção de casos que podem ser desastrosos para todo o time nesta fase de treinos, Maranhas aconselha a combinação do inquérito epidemiológico fornecido no Guia da CBF e a realização de testes. Mais uma vez, os clubes com mais condições financeiras teriam mais proteção que os pequenos.
O Guia chega a orientar os jogadores a não comemorarem gols com abraços, por exemplo. Mas Maranhas não acredita que isso será cumprido, assim como já se vê nos campeonatos que retornaram na Europa.
Por enquanto, a CBF não fala em seu protocolo do retorno do público aos estádios. Para Maranhas, a perspectiva disso ocorrer ainda é remota e complicada sem a descoberta de uma vacina, embora com uma combinação de queda de contaminação e medidas de distanciamento e higiene isso possa ser vislumbrado.
Reportagem: Wallace Mattos e Pedro Sarmento - Toque de Bola